GASTRONOMIA MARROQUINA
Gastronomia marroquina, para mergulhar na cultura de um país, é preciso degustar a gastronomia local. E com o Marrocos não será diferente.
A gastronomia marroquina é extremamente refinada, diversificada e usa muitas especiarias e frutos secos. A culinária marroquina tem interações e influencias de outras culturas, como berbere e árabe.
O gosto lembra um pouco a comida indiana, mas numa intensidade mais leve. Essa similaridade se deve ao uso de algumas especiarias em comum, como o gengibre, cominho, pimentão, açafrão e canela.
A marca registrada da gastronomia marroquina está no tempero, que realça o sabor, o perfume e as cores dos pratos. Sendo que as especiarias são usadas em abundancia.
TEMPEROS E ESPECIARIAS
Antes de falarmos dos pratos típicos do Marrocos, precisamos conhecer um pouco mais sobre seus temperos e especiarias.
A base comum de temperos, composta do trio sal, alho e cebola, contém páprica, comino, cúrcuma, gengibre, cardamomo, açafrão, pimenta do reino, canela, noz-moscada, anis e cravo. O nome desse mix de temperos é Ras el hanout.
Nos mercados é possível encontrar essa mistura pronta em pó ou para ser moída em casa. Além disso, são adicionados aos pratos ervas frescas, como coentro, orégano, salsinha, funcho, hortelã e louro.
A gastronomia marroquina não é apimentada. Mas para os que gostam, existe um molho de pimenta malagueta, chamado harissa. Ele pode ser servido separadamente. Por isso, se você gosta de uma pimenta, peça-o ao garçom.
CHÁS
Um ponto alto da refeição marroquina é o chá. No Marrocos é proibido o consumo de bebidas alcoolicas, então o chá assume o papel de protagonista antes e depois das refeições.
A história conta que foi no século XVIII que os ingleses deixaram nos portos marroquinos um carregamento de chá que tinha navegado a partir da Ásia. A partir daí, o chá passou a ser uma bebida habitual em todo o país.
A tradição envolve chá verde, folhas frescas de hortelã e verbena, muito açúcar e um bonito bule de metal. É comum oferecerem o chá em qualquer lugar. É aceitável pedir sem açúcar, mas recusar o chá pode ser considerado ofensivo, dependendo da situação.
PRINCIPAIS PRATOS DA CULINÁRIA MARROQUINA
TAGINE
O tagine é tanto o nome da cerâmica como do prato. O tagine é uma proteína cozida junto com especiarias, furtas ou vegetais. Existem diversas variações de tagines. Os mais comuns são de frango azeitona e limão confitado, kafta com ovos, cordeiro com frutas secas e oleaginosas, peixe e legumes.
Tradicionalmente cozinha-se o tagine em cima da brasa, mas muitas famílias o fazem na boca do fogão. A ideia é que o alimento fique ali algumas horas, em fogo baixo, uma vez que o recipiente de cerâmica retêm muito calor. Dizem que é o formato da “panela” de barro que permite que o tagine não perca seu sabor.
Ela resiste a altas temperaturas e o seu formato de cone faz com que o vapor circule e auxilie na cocção, fazendo com que as carnes fiquem muito macias. O prato é servido nessa mesma panelinha, ainda fervilhando.
COUSCOUS
O Couscous marroquino é bem diferente do cuscuz brasileiro! Couscous é o nome dado aos grãos de sêmola (ou semolina) de trigo. Além disso, é um dos pratos mais demorados de se fazer, muitas vezes utilizado em comemorações especiais.
Couscous marroquino é feito no vapor – na cuscuzeira, não uma ou duas, mas pelo menos três vezes. Entre esses momentos de cozimento, os grãos são esfregados com as mãos e água de especiarias, para ativar mais o sabor. E importante dizer que o vapor do cozimento não é água, mas de um caldo saboroso de legumes e carne.
Por isso, o couscous marroquino é muito mais que um acompanhamento, é um prato principal, servido com um ensopado de legumes ou carnes.
HARIRA
Harira é uma sopa feita com lentilhas e muitas especiarias. É considerado um prato tradicional, principalmente no período do Ramadam (mês em que os muçulmanos jejuam até o pôr do sol). Geralmente é com esse prato que os marroquinos quebram o jejum no fim do dia.
A Harira é servida com pão, limão e tâmaras bem docinhas.
TANGIA
Tangia é o nome do prato e também da panela na qual ele é preparado. A Tangia é um cozido de carne de gado preparado em um forno subterrâneo por cerca de 7 a 8 horas. O resultado é uma carne muito macia e suculenta, que se desmancha na boca. É um deleite para os carnívoros!
É como se fosse uma comida de piquenique para os marroquinos, pois costumam levar a panelinha para comer em parques e reuniões. E tradicionalidade a Tangia é preparada por homens.
BASTILA
Bastila é um prato que pode tanto ser entrada como principal. É uma massa filo assada, recheada de frango(que foi cozinhando por algumas horas com muitas especiarias, até ficar bem macio), ovos (mexidos com parte do caldo do cozimento do frango, até virar quase uma farofa) amêndoas(cozidas, descascadas e depois fritas e trituradas com canela e açúcar).
Também é possível encontrar a bastila de frutos do mar, nas regiões mais próximas do litoral.
BRIWAT OU BRIOUAT
O briwat é entrada, lanche ou até mesmo sobremesa, feito com a mesma massa da pastilla, filo, recheada com queijo, frango, carne ou vegetais, dobrada em formato de triângulo e frita. É servido com molho ou pulverizada em açúcar.
Se for para sobremesa, o recheio será de amêndoas ou pasta de amendoim e é caramelizada com mel e água de flor de laranjeira.
BROCHETTE OU KEBAB
Brochette ou kebab são os nomes dados aos espetinhos de carne de vaca, cordeiro ou frango. Podem ser comidos puros ou acompanhados de pão, salada, couscous e, claro, com bastante batata-frita.
SALADA MARROQUINA
A salada marroquina pode ser uma salada fria, com um mix folhas, legumes e cebola cru, com vinagre e azeite. Ou a salada quente, mais interessante, onde pimentão (taktouka) ou beringelas (Zaalouk) são assados no fogo direto e depois descascados e amassados e misturados com temperos e tomate, criando uma pasta deliciosa para comer com pão.
PÃES
O pão é companheiro de todas as refeições no Marrocos. E prepare-se para se apaixonar pelo pão marroquino!
Para os marroquinos mais tradicionais, que comem com a mão, o pão também serve como um utensilio para auxiliar no momento da refeição.
Feito de maneira artesanal, o pão marroquino geralmente leva apenas farinha de trigo, sêmola e água, e é assado em formato achatado no forno de barro.
No café da manhã, também é comum encontrar dois tipos de pães estilo panqueca. O Baghrir é feito com farinha de semolina, bem fino, com a textura meio esponjosa, normalmente servido com uma mistura de mel e manteiga ou com geleia. Ou o harcha, também feito com semolina, mas de massa mais fofinha, comido com azeite.
SOBREMESAS
As sobremesas marroquinas seguem as tradições árabes: os doces têm recheios de amêndoas, nozes ou pistache, massas embebidas em mel e toques de especiarias, como água de rosas ou flor de laranjeira.
Há também pudins e cremes que misturam esses ou outros sabores, como baunilha, tâmara, ameixa ou hortelã. É comum, ainda, que uma salada de frutas da estação seja servida como sobremesa.
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