Chefchaouen fica escondida no meio das montanhas Rif no norte do Marrocos e é um dos destinos mais famosos da África. Conhecida por Cidade Azul, todas as suas ruas possuem as paredes tingidas de azul, é uma das localidades mais procuradas por influenciadores, fotógrafos e fanáticos por Instagram.
A HISTÓRIA DE CHEFCHAOUEN
Toda a região das montanhas Rif é considerada sagrada, sendo um famoso local de peregrinação onde estão enterrados antigos profetas locais. A cidade de Chefchaouen foi fundada em 1471, por Moulay Ali Ben Rachid, seguidor de um desses profetas, que usou a aldeia como uma base contra ataques portugueses.
Existe uma versão mais romântica sobre a origem de Chefchaouen. Essa versão conta que Ben Rachid e Lalla Zhora foram expulsos da Espanha e voltaram ao Marrocos. Vendo a tristeza de sua amada, Ben decidiu criar uma cidade parecida com a cidade natal de Lalla. Dando origem a Chefchaouen, uma cidade calma e tranquila, com suas ruas estreitas e becos azuis.
Durante séculos, com a chegada de judeus e muçulmanos refugiados da reconquista cristã da Espanha, Chefchaouen se fechou completamente a estrangeiros. O isolamento era tão forte, que quando os espanhóis chegaram em 1920 se surpreenderam ao encontrar judeus ainda falando uma língua que não se ouvia na Espanha há 400 anos!
POR QUE CHEFCHAOUEN É AZUL?
A maior atração de Chefchaouen é a cor azul das paredes de suas casas. Mas por que motivo elas foram pintadas desta cor?
Não existe uma razão comprovada.
A teoria mais aceita é de que, durante a Inquisição Espanhola, logo após a fundação da cidade no século XV, vários judeus sefarditas migraram para lá, e como costume judaico, pintaram a área em que habitavam de azul, como um lembrete de que Deus e o céu estão acima de tudo.
Além disso, naquela época a região seria infestada por mosquitos, e os árabes, ao verem que na área judaica da cidade os mosquitos não permaneciam, resolveram copiar e pintar todo o resto de azul. Isso se deve ao fato dos mosquitos associarem a cor à água, pois os insetos gostam de estar perto dela, mas não dentro dela. Se a cor afasta ou não os mosquitos não se sabe, mas certamente a Cidade Azul atrai um de enxame de turistas que garantem que a tradição perdure.
O QUE FAZER EM CHEFCHAOUEN
CAMINHAR PELA MEDINA
A Medina de Chefchaouen se difere das outras do país por ter praticamente todas as casas e ruas pintadas de azul, tornando cada cantinho perfeito para uma foto.
A Medina de Chefchaouen foi construída na época da fundação do local, no século XV. Grande parte de sua arquitetura ainda é conservada desde aquela época.
A Medina hoje está bem voltada para o turismo, então espere ver várias bancas vendendo lamparinas marroquinas, peças de couro, roupas e tinturas. Além de ressaltar a arquitetura, uma caminhada pela Medina também serve para observar o dia a dia dos locais, fazendo pães, vendendo peixes e fazendo suas orações.
PRAÇA UTA EL-HAMMAN
A praça Uta El-Hamman é o coração da Medina de Chefchaouen, sendo um ponto central na cidade, com seus cafés, lojas de kebab, e souvenirs. É o lugar perfeito para desfrutar de um chá de menta no fim da tarde.
É onde fica o antigo Kasbah da cidade. O ambiente da praça é bem fresco, arborizado, e cheio de restaurantes, que por ser um lugar extremamente popular entre os turistas, muitas vezes podem ser mais caros que os vistos na ruelas menores da Medina.
KASBAH MUSEUM
O Kasbah Museum é um museu que funciona dentro do antigo palácio do sultão e fundador da cidade. A construção foi erguida no século XVIII, após a expulsão dos ingleses da região, para proteger a área de portugueses e espanhóis.
A arquitetura dos Kasbahs é impressionante, pois são palácios construídos inteiramente de barro e que perduraram por séculos. É possível ter uma vista panorâmica da cidade do alto de uma das torres do Kasbah, além de visitar sua antiga prisão e seus pátios internos.
O Kasbah Museum se destaca por possuir uma boa coleção de artefatos históricos. Entre eles estão ferramentas usadas por habitantes da região durante a pré-história, artefatos gregos e romanos, de quando o norte do Marrocos foi ocupado pelo Império Romano, objetos da cidade romana de Volubilis, além de peças de joalheria local do século XVI.
GRANDE MESQUITA
A Grande Mesquita fica na Praça Uta El-Hamman, ao lado do Kasbah Museum, sendo bem fácil de localizar. Se destaca pelo minarete em forma octogonal. Foi construída no século XV a mando do filho do fundador da cidade e se diferencia das outras mesquitas pelo país por seu minarete ter o formado octogonal. Sua arquitetura foi inspirada na vista no sul da Espanha, na Andaluzia.
Infelizmente, visitantes que não sejam muçulmanos só podem observar a mesquita pelo lado externo.
PRAÇA BAB EL-SOR
Bab El-Sor é uma praça muito bonita e pouco frequentada em Chefchaouen, mas vale a pena uma visita. Se destaca pela sua fonte azul revestida de azulejos ao centro, e é um lugar que a população usa para lavar roupas e se abastecer de água.
Além da fonte, os prédios em seu perímetro são ocupados por restaurantes bem arejados e de padrão mais econômico que os da Praça Uta El-Hamman, sendo uma boa opção para quem queira economizar um pouquinho nas refeições.
MESQUITA ESPANHOLA E AS MONTANHAS RIFE
A famosa Mesquita Jemma Bouzafar, também conhecida como Mesquita Espanhola, encontra-se no topo de uma colina e proporciona a melhor vista de Chefchaouen. A Mesquita foi construída pelos espanhóis durante a ocupação do Marrocos em 1920, como uma tentativa de ganhar o povo local, mas nunca foi bem aceita. Com o tempo caiu em desuso e hoje está em ruínas.
Quer um extra? Tente coincidir a sua passagem com o pôr-do sol, pois irá assistir a um cenário idílico.
CASCATAS D’AKCHOUR
As cascatas d’Akchour são uma das joias escondidas em Chefchaouen. Ficam fora da cidade e, talvez por isso, ainda são muito pouco exploradas por turistas. São duas cascatas verde esmeralda lindíssimas em meio à mata.
Chegando no local, é preciso fazer uma trilha selva adentro, mas muito bem sinalizada, até chegar nas cascatas. No meio do caminho se encontram alguns restaurantes, para quem não levou comida na viagem.
COMÉRCIO DE MACONHA E VISITA A PLANTAÇÕES
Pode parecer estranho, mas o Marrocos, um país tão conservador onde até bebida alcoólica é difícil de encontrar, tem seu mercado de maconha. E um dos maiores centros fica justamente em Chefchaouen. Para quem fuma ou quer experimentar, a cidade é o ponto mais seguro no país para tal, sendo conhecida como a Amsterdam africana.
Muitas pessoas viajam para Chefchaouen para conhecer suas plantações e existem tours especializados nisso. Os passeios podem ser agendados diretamente em seu hotel.
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